Ilustração: Rodolpho Malvestiti

9 lições para manter saúde e integração das equipes no trabalho remoto

Três meses de torneios online, aulas remotas e processos seletivos virtuais no Laboratório Bridge

Laboratório Bridge

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Conteúdo produzido por Mahara Aguiar

Este relato foi escrito em junho de 2020, após três meses de trabalho remoto.

Dezesseis de março. Logo após as aulas presenciais na Universidade Federal de Santa Catarina serem suspensas, fizemos uma pesquisa rápida sobre a viabilidade do trabalho remoto temporário entre bridgers. No mesmo dia o Conselho deu o veredito: todo mundo liberado a trabalhar de casa, a princípio por um tempo determinado.

Porém, passamos muito mais do que um mês em casa. O desafio constante desde o início do trabalho remoto foi pensar:

Como garantir um ambiente de trabalho adequado e a saúde preservada — tanto a física quanto a mental? E como manter a cultura de compartilhamento e de conexão sem que estejamos presentes fisicamente?

Com tudo isso em mente, desenvolvemos diversas ações nesses últimos meses. Confira nove delas, entre eventos de integração online, processos de trabalho e adaptação das iniciativas presenciais 👩‍💻

1. Processo Seletivo

Em fevereiro, abrimos vagas para bolsas em 10 áreas diferentes no Laboratório. Ainda estávamos na primeira etapa do Processo Seletivo quando começamos o trabalho remoto. Reformulamos as etapas seguintes (desafio de tarefas, dinâmica de valores culturais e entrevista individual) para que fossem feitos de forma remota.

Depois de todo o processo, 24 bridgers iniciaram sua jornada no Laboratório em abril, começando direto no trabalho remoto.

2. Onboarding em casa

Para que o Processo Seletivo seja completo, sempre realizamos umonboarding e integração nas equipes de bolsistas que entra. Mas como mostrar o que significa trabalhar no Bridge se não podemos nos encontrar?

Através de videoconferências no Google Meets, focamos em mostrar a cultura do Laboratório, apresentar a equipe que cada bridger entraria e os produtos desenvolvidos pelo Bridge. Além disso, a Gestão acompanhou essa integração com frequência e continua dando o suporte necessário.

3. Vacinação

Ainda em abril, no mesmo formulário rápido sobre a disponibilidade para trabalhar remotamente, oferecemos a possibilidade de tomar a Vacina Influenza Tetravalente com cobertura do Bridge. Com parceria com a Clínica Imunizar, em Florianópolis e São José, pudemos garantir a vacinação da galera.

A vacina é considerada essencial pelo Ministério da Saúde no combate ao coronavírus, por diminuir as síndromes gripais e eventuais internações, e auxiliar na identificação da Covid-19.

4. Empréstimo de materiais

Para que todos pudessem continuar trabalhando de casa, o Laboratório oferece todo o suporte de materiais, disponibilizando cadeiras ergométricas, fones de ouvido, desktops, monitores e notebooks. Após feedback de bridgers, incluímos também tablets e celulares para teste dos produtos.

Também elaboramos um Guia de Boas Práticas no Trabalho Remoto, que conversa um pouco sobre como deve ser o ambiente, rotina e comunicação durante esse período.

5. Compartilhar dá + XP

A cultura de compartilhar conhecimento é muito forte no Bridge. Uma das ações que traduzimos essa cultura é a do Compartilhar Dá + XP, onde bridgers fazem pequenos workshops e palestras sobre assuntos que curtem pra colegas do Laboratório que se interessarem. Mantivemos o formato do Compartilhar na sua edição remota, que agora fazemos através do Google Meet.

Já compartilhamos sobre trabalho remoto, Google Analytics, produção científica, Quant UX, Kanban… E por ser online, não há limite de inscrições para Bridgers que queiram participar!

6. Aulas de inglês

Uma das iniciativas que traduz nosso valor de Explorar Novos Mundos são as aulas de inglês, montadas em diversos níveis de profundidade e conhecimento, para que bridgers que se interessem pratiquem a língua. Também adaptamos as aulas no Google Meet, e com uma pesquisa de feedback tornamos as aulas ainda mais a cara do Laboratório.

7. Endorfina Remota

Temos Ginástica Laboral diária para toda a galera no Bridge, sempre com rotações de atividades para que o corpo todo seja alongado e trabalhado ao longo da semana. Ao invés de uma live diária (quebrando a prioridade da comunicação assíncrona que estipulamos no trabalho remoto) decidimos gravar as laborais diárias. Assim, todos conseguem encaixar a Laboral no momento mais adequado do seu dia. Até criamos um nome para engajar os Bridgers: Endorfina Remota. Porque a laboral está remota e, bom, produz endorfina!

8. Torneio Bridge e-vent version

Os eventos de integração são a alma do Bridge. Ao longo do ano, sempre temos iniciativas que proporcionam interação e sinergia entre a galera. No primeiro feedback formal do trabalho remoto, a falta de integração entre bridgers foi o ponto negativo #1.

Então pensamos em como manter viva essa cultura tão necessária: fizemos um evento de integração 100% online em formato de Torneio.

No Torneio Bridge e-vent version montamos quatro equipes aleatoriamente, que disputaram cinco jogos entre si. Durante todo o evento transmitimos os jogos em salas no Google Meet para a torcida vibrar e comentar sobre o jogo! A galera curtiu demais, e todos os feedbacks foram bem positivos.

9. Fortalecimento da Cultura de Feedback

Por último, escolhemos falar sobre a cultura de Feedback, sempre imprescindível manter bridgers, Gestão e lideranças bem alinhados. Mas uma comunicação de necessidades clara e efetiva é ainda mais importante num momento inesperado de mudança completa da estrutura organizacional.

Por isso, priorizamos ainda mais o feedback, seja do Torneio, das aulas de inglês, do próprio trabalho remoto ou interno entre as equipes. Foi com isso que pudemos saber, por exemplo, a falta que um evento de integração estava fazendo para engajar quem é bridger!

Estas nove ações não resumem todos os esforços do Laboratório para ser o melhor ambiente de trabalho possível. Aqui, mostramos algumas soluções que exemplificam o que sempre foi o objetivo do Laboratório Bridge: mudar o Brasil com tecnologia, e tornar a experiência de bridgers única no processo.

E você, tem alguma pergunta sobre como fizemos essas ações ou alguma sugestão de ação que fez na sua organização?

O Laboratório Bridge atua no Centro Tecnológico da Universidade Federal de Santa Catarina (CTC/UFSC), com equipes formadas por bolsistas graduandos, pós-graduandos e profissionais contratados. É orientado por professores do CTC e do Centro de Ciências da Saúde (CCS/UFSC).

Desde 2013, desenvolvemos sistemas e aplicativos para gerenciamento da saúde pública em parceria com o Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).

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