Por que medir a agilidade do time através da Roda Ágil — e como pôr em prática
Nesse case interno, confira porque decidimos pela ferramenta e como progredimos a maturidade ágil das nossas equipes
Conteúdo produzido por Amanda Bressan Fogaça e Marina Soares.
A sua organização analisa a maturidade ágil das equipes de trabalho? 🤔 Metodologias ágeis são ferramentas cada vez mais utilizadas pelas organizações que buscam inovar a gestão de projetos. Essas mentalidades possuem a capacidade de acelerar os projetos e melhorar os resultados.
Aqui no Laboratório Bridge, depois de algumas adaptações, passamos a utilizar a Roda Ágil, uma ferramenta eficiente para visualização dos pontos passíveis de melhoria dentro do trabalho de cada time.
O processo de implementação de um modelo para mensurar a maturidade ágil do time não precisa ser complicado, nem desgastante. Se você quer saber por onde começar a aplicar a Roda Ágil na sua equipe, quais vantagens ela oferece e se o resultado vale a pena, vem com a gente.
Tudo isso você confere neste artigo! 👇
- Como começamos a implementação no Bridge
- Por que a Roda Ágil?
- Como aplicar?
- Vantagens da Roda Ágil
- Resultados obtidos
Como começamos a implementação no Bridge
Um pequeno resumo da nossa história com a agilidade. Começamos a desenvolver a mentalidade ágil no Laboratório Bridge lá em 2014, quando foram criadas as primeiras equipes ágeis da organização. Desde então, diversas práticas foram desenvolvidas, como a utilização do Método Kanban e a execução das cerimônias do Scrum.
Outra iniciativa importante (e uma dica valiosa para a sua organização) foi a realização de Workshops de Scrum para os Scrum Masters, que estão diretamente envolvidos com a implementação da mentalidade ágil nas equipes.
Em 2020, evoluímos o processo. Os Scrum Masters, em conjunto com a equipe de Melhoria Contínua, identificaram a necessidade de mensurar a maturidade ágil das equipes. O objetivo era facilitar a visualização dos pontos de melhorias específicos de cada equipe.
Aperfeiçoamentos nos processos andam junto com o propósito da equipe de Melhoria Contínua de investir na evolução dos times, para que se tornem mais autônomos e tenham resultados melhores, alinhados aos clientes.
Por que a Roda Ágil?
Após realizarmos uma varredura teórica a respeito dos modelos de maturidade existentes, chegamos à conclusão de que o assessment Roda Ágil, desenvolvido pela Ana G. Soares, seria o mais adequado para o Bridge.
O modelo se destaca pela facilidade de aplicação e clareza dos resultados, tornando possível a visualização de pontos de melhoria e posteriores desdobramentos em planos de ações.
Como saber se a Roda Ágil se adequaria à sua equipe? Primeiro, saiba que através desse modelo, é possível mensurar a maturidade dos times ágeis levando em consideração 4 pilares:
- Valor a todo instante: Relacionado ao alinhamento e satisfação do cliente e posterior entrega de valor
- Pessoas sensacionais: Associado às práticas da equipe e seus membros
- Segurança é um pré-requisito: Relacionado às práticas de desenvolvimento dos times ágeis e seus códigos
- Experimente e aprenda rápido: Analisa a maturidade da equipe em relação a práticas ágeis, isto é, desde compartilhamento de conhecimento dentro da equipe até métricas e ferramentas utilizadas pela equipe
Como aplicar?
Dentro de cada pilar, existem categorias. Para cada categoria existem perguntas que auxiliam o time a dar uma nota. As notas são de 1 a 5, sendo 5 o atingimento de maturidade plena naquela categoria.
Hoje estamos na 4ª aplicação da Roda Ágil no Laboratório Bridge. A cada aplicação, fomos aperfeiçoando a ferramenta para estar cada vez mais adaptada às nossas necessidades. Ou seja, você pode ir adequando a Roda à realidade e necessidade da sua equipe.
Na 1ª aplicação, realizamos um estudo aprofundado sobre as perguntas relacionadas a cada categoria e fizemos algumas adaptações. Na 3ª aplicação, evoluímos algumas perguntas. E, por fim, estamos chegando à 4ª aplicação, onde melhoramos outras questões, trazendo exemplos do que deve ser considerado para quantificar a categoria.
Além disso, incluímos descrições para cada tópico. É uma dica simples que, se feita desde o início da aplicação da Roda Ágil, facilita a compreensão dos novos membros das equipes para os times ágeis. E tem outro plus importante: o processo de onboarding também é otimizado.
Vantagens da Roda Ágil para o Bridge
Aqui no Bridge, as equipes do projeto e-SUS APS já utilizam a Roda Ágil para mensurar a maturidade do time e traçar planos de ação. A melhoria nos processos e resultados com a utilização do modelo é clara e, com as modificações feitas nas aplicações, também é constante.
Através da Roda Ágil, seguimos em constante evolução dentro dos times ágeis. A ferramenta proporcionou mais um momento de discussão entre o time, que consegue desenvolver planos de ação que guiam a equipe na busca pela melhoria contínua.
Resultados obtidos
Agora, vamos à parte que todo fissurado em métricas gosta: resultados!
Para analisar os efeitos de cada aplicação da Roda Ágil, colhemos dados médios entre as nove equipes envolvidas. Dá uma olhada no progresso geral:
Lembra que lá no início falamos que a maturidade ágil era medida entre 1 a 5 na Roda? Então, o progresso em relação a maturidade das equipes aqui no Bridge é bem claro, com o aumento constante das notas em cada aplicação.
O crescimento gradual prova a eficiência do modelo e a importância de uma ferramenta que melhore a agilidade das equipes. Aqui no Bridge, a Roda Ágil vem funcionando muito bem.
E aí, te convencemos a analisar a maturidade ágil do seu time? Segue a gente que semana que vem vamos lançar o relato real do Felipe Calistro, Scrum Master, sobre usar a Roda Ágil aqui no Bridge!
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O Laboratório Bridge atua no Centro Tecnológico da Universidade Federal de Santa Catarina (CTC/UFSC), com equipes formadas por bolsistas graduandos, pós-graduandos e profissionais contratados. É orientado por professores do CTC e do Centro de Ciências da Saúde (CCS/UFSC).
Desde 2013, desenvolvemos sistemas e aplicativos para gerenciamento da saúde pública em parceria com o Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).