Porque decidimos construir um Design System
Conheça o Bold e entenda por que construir o próprio design system
Esta é a parte um da nossa série sobre a construção do Bold, o design system do Laboratório Bridge. Acesse o segundo e o terceiro conteúdos.
Desde o início do Laboratório Bridge até hoje, só tivemos crescimento. Desenvolvemos seis grandes produtos e passamos de menos de 30 colaboradores em 2013 para 118 em 2019. Vimos o Laboratório, a equipe e o design sendo escalonados.
Mas conforme a maturidade do design crescia, começamos a sentir falta de processos necessários para entregar produtos cada vez melhores e notamos que precisávamos mudar a nossa forma de trabalho.
Até então, sempre que iniciávamos um projeto, um novo style guide era construído e desenvolvido de acordo com a demanda.
Surgiam os mesmos problemas, mas cada projeto tinha o seu estilo de componentes para resolvê-los, e não era possível escalonar o design de forma prática.
Quando aplicávamos um componente à uma interface, outro designer ou desenvolvedor poderiam modificá-lo, e assim criamos vários estilos de componentes para a mesma função. Depois de alguns meses e muitas horas de trabalho focadas em resolver problemas que já haviam sido solucionados, tínhamos mais de 10 estilos diferentes para a mesma função.
B_thinking: Por que decidimos construir um modelo de processo de UX próprio?
Quando começamos a analisar nossos sistemas, percebemos muitas inconsistências de componentes, padrões de linguagem e que eles não eram acessíveis. Assim, determinamos objetivos e iniciamos mudanças para garantir o escalonamento do design.
Como nosso Laboratório é composto por profissionais de diversas áreas, queríamos aproximar as equipes de design, análise e desenvolvimento para que todos pudessem contribuir com o projeto em todas as etapas. Equipes multidisciplinares foram essenciais para que todos estivessem sempre alinhados e construindo juntos.
Assim, decidimos construir um design system que fosse:
- Utilizado em todos os nossos projetos web
- Acessível ao público externo
- Totalmente focado em usabilidade.
Estruturamos a construção em 7 etapas: levantamento de normas de usabilidade; listagem de componentes; levantamento de requisitos; pesquisa de referências; levantamento de requisitos de acessibilidade; construção dos componentes; e por fim a documentação. Assim nasceu o bold.
Como estávamos iniciando um projeto do zero, pudemos unir esforços e colocar o design system em prática.
A oportunidade perfeita para definir a real necessidade dos componentes foi quando começamos a redesenhar o Prontuário Eletrônico do Cidadão, um de nossos projetos para o Ministério da Saúde, voltado para o recolhimento e armazenamento de dados clínicos dos cidadãos atendidos na atenção básica pública brasileira.
Por que o e-SUS APS passou a ser ainda mais importante com a RNDS?
Assim, iniciamos a aplicação do design system enquanto ele ainda estava em desenvolvimento. Neste processo tivemos oportunidades de melhoria dos componentes com mais clareza e conseguimos deixar nosso produto ainda mais acessível e consistente.
O bold é um design system acessível e open source.
Por isso, sinta-se à vontade para criar issues se encontrar bugs, sugerir melhorias, e utilizá-lo nos seus projetos para construir ótimas experiências para os usuários! Mais informações podem ser vistas no nosso site.
Então, conta pra gente: o que você achou do bold? :)
Acesse a versão em inglês deste artigo.
O Laboratório Bridge atua no Centro Tecnológico da Universidade Federal de Santa Catarina (CTC/UFSC), com equipes formadas por bolsistas graduandos, pós-graduandos e profissionais contratados. É orientado por professores do CTC e do Centro de Ciências da Saúde (CCS/UFSC).
Desde 2013, desenvolvemos sistemas e aplicativos para gerenciamento da saúde pública em parceria com o Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).